Blog Segundo o Coração de Deus: Textos, poesias, imagens, filmes...

"Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1 coríntios 10:31).

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Textos - continuação

CONTINUAÇÃO: UM BOM PAI VALORIZA SEUS FILHOS de Max Lucado

 Apesar de ser alguém que se dedica a trabalhar com palavras, eu
consegui muito poucas para compartilhar com ela. Eu disse a ela que
esperava que ela gostasse da escola. Disse-lhe para obedecer à
professora. Eu disse, “se você se sentir sozinha ou com medo, diga à
professora para ligar para mim e eu virei e lhe pegarei.” “Tá bom!”,
ela sorriu. Então ela perguntou se poderia ouvir escutar umas músicas infantis. “Tá bom!” Eu respondi.

Daí, enquanto ela cantava canções, eu prendia o choro. Eu a observei
enquanto cantava. Ela parecia grande. Seu pequeno pescoço se esticava o máximo que podia para ver por cima do painel do carro. Seus olhos estavam famintos e brilhantes. Suas mãos estavam juntas no colo. Seus pés tinham tênis cor de rosa com turquesa, novinhos em folha, que mal ultrapassavam o assento do carro.

“Denalyn estava certa,” eu resmunguei para mim mesmo. “Eu não
agüentarei passar pelo casamento dela.”

O que está se passando na cabeça dela? Eu imaginei. Será que ela sabe o quão alta é essa escada da Educação que ela vai começar a subir hoje de manhã?
Não, ela não sabe! Mas eu sabia. Quantos quadros de salas de aula
aqueles olhos verão? Quantos livros as suas mãos segurarão? Quantos
professores os seus pés seguirão e – ai! – imitarão?

Se eu tivesse poder, eu reuniria no mesmo instante todos os professores, instrutores, técnicos e tutores que ela teria nos próximos dezoito anos e anunciaria, “Esta não é uma estudante comum. É minha filha. Tenham cuidado com ela!”

Ao estacionar e desligar o motor do carro, minha grande filha se
tornou pequena de novo. E foi a voz de uma menina muito pequena que quebrou o silêncio. “Pai, eu não quero sair do carro.”
Eu olhei para ela. Os olhos que antes estavam brilhantes agora pareciam amedrontados. Os lábios que haviam cantado agora estavam
trêmulos.

Eu lutei contra um desejo extraordinário de atender ao seu pedido.
Tudo em mim queria dizer “Tá bom, vamos deixar isso pra lá e vamos
embora daqui!” Por um breve momento eu considerei a possibilidade de seqüestrar minhas filhas, pegar minha esposa e fugir das garras
horríveis do progresso para viver para sempre no Himalaia.
Mas eu sabia que era errado. Eu sabia que era hora. Eu sabia o que
era certo e que ela ficaria bem. Mas eu não sabia que seria tão
difícil dizer, “Querida, você estará bem. Venha, eu lhe levo.”

E foi tudo bem. Um passo dentro da sala de aula e o gato da curiosidade tomou conta dela. E eu saí. Eu abri mão dela. Não tanto.
E não tanto quanto eu terei que fazê-lo no futuro. Mas eu abri mão do
quanto eu podia hoje.
Enquanto andava de volta para minha caminhonete, um versículo bateu na minha cabeça. Foi uma passagem que eu havia estudado antes. Os eventos de hoje levaram o versículo da teologia em preto e branco para a colorida realidade.

“Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem
será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o
entregou por todos nós – como não nos dará juntamente com ele, e de
graça, todas as coisas? (Romanos 8:31-32, itálico do autor)

Foi assim que você se sentiu, Deus? O que eu senti hoje de manhã
pareceu em alguma coisa com o que você sentiu quando abriu mão de seu Filho? Caso sim, explica tantas coisas. Explica a proclamação dos anjos para os pastores nos arredores de Belém. (Um pai cheio de orgulho ao anunciar o nascimento de seu filho)

Explica a voz no batismo de Jesus, “Este é meu Filho…”(Você fez o que
eu queria fazer, mas não podia)

Explica a transfiguração de Moisés e Elias no topo da montanha. (Você os mandou para encorajá-lo)

Explica o quanto o seu coração deve ter doído ao ouvir a voz quebrantada de seu filho “Pai, afasta de mim este cálice.”

Eu estava deixando Jenna num ambiente seguro com uma professora
compassiva, a qual estaria pronta para enxugar qualquer lágrima. Você deixou Jesus numa arena hostil com um soldado cruel, o qual deixaria as costas dele em carne viva.

Eu disse Adeus a Jenna sabendo que ela faria novos amigos, daria
gargalhadas e desenharia. Você disse Adeus a Jesus sabendo que
cuspiriam nele, ririam dele e o matariam.

Eu abri mão da minha filha sabendo que , se ela precisasse de mim, eu estaria ao lado dela imediatamente. Você disse Adeus ao seu filho
totalmente ciente de que quando ele mais precisasse de você, quando
seu grito de desespero bradasse através dos céus, você ficaria em
silêncio. Os anjos, no entanto, em suas posições, não ouviriam
nenhuma ordem sua. Seu filho, apesar de estar em angústia, não
sentiria conforto vindo de suas mãos.

“Ele deu o seu melhor,” Paulo argumenta, “Por que duvidar do amor
dele?”

Antes que o dia terminasse, eu sentei em silêncio pela Segunda vez.
Desta vez, não ao lado da minha filha, mas diante de meu Pai. Desta
vez não triste pelo que eu teria que dar, mas grato pelo que eu já
havia recebido – prova viva de que Deus se importa.

Fontewww.hermeneutica.com/mensagens

CONTINUAÇÃO DE PERGUNTA PARA A BEIRA DO DESFILADEIRO  
de Max Lucado

Nesta cena há duas pessoas: Marta e Jesus. E para todos os propósitos práticos eles são as duas únicas pessoas no universo.

As palavras dela estavam cheias de desespero, "Se estiveras aqui..." Ela olha para o Mestre com os olhos cheios de perplexidade. Mostrara-se forte até então, mas agora a dor ressurgira em toda a sua plenitude. Lázaro estava morto. Seu irmão se fora. E o único homem que poderia ter mudado as coisas não aparecera. Não chegara nem mesmo para o funeral. Alguma coisa na morte nos leva a acusar Deus de traição. "Se Deus estivesse aqui não haveria morte!" clamamos.

Veja bem, se Deus é Deus em qualquer parte, ele tem de ser Deus em face da morte. A psicologia popular pode tratar da depressão. A conversa estimulante pode tratar do pessimismo. A prosperidade vence a fome. Mas só Deus pode tratar de nosso dilema final — a morte. E só o Deus da Bíblia teve a ousadia de ficar na beira do desfiladeiro e oferecer uma resposta. Ele tem de ser Deus em face da morte. Caso contrário, não é Deus em lugar algum.

Jesus não ficou zangado com Marta. Talvez fosse a sua paciência que a fez mudar de tom, da frustração para a sinceridade. "Tudo quanto pedirdes a Deus, Deus to concederá".

Jesus fez então uma das afirmações que o colocam no trono ou no asilo: "Teu irmão há de ressurgir".

Marta não compreendeu. (Quem compreenderia?) "Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia."

Não era esse o sentido das palavras de Jesus. Não perca a idéia do contexto das próximas palavras. Imagine a cena: Jesus invadiu o campo do inimigo. Ele está em território de Satanás, o Desfiladeiro da Morte. Seu estômago se revolta ao sentir o cheiro terrível de enxofre do ex-anjo, e estremece ao ouvir os gemidos pungentes dos que estão encerrados na prisão. Satanás esteve aqui. Ele violou uma das criações de Deus.

Com o pé plantado sobre a cabeça da serpente, Jesus fala alto o bastante para suas palavras ecoarem pelas paredes do desfiladeiro.

"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente" (Jo 11.25).

É um ponto crítico na história. Abriu-se uma brecha na armadura da morte. As chaves para os portais do inferno foram reclamadas. Os abutres se dispersam e os escorpiões correm velozes quando a Vida confronta a morte — e vence! O vento pára. Uma nuvem esconde o sol e um pássaro chilreia na distância enquanto uma víbora humilhada rasteja entre as rochas e desaparece no solo.

O cenário foi montado para um confronto no Calvário.

Mas Jesus não terminou ainda sua conversa com Marta. Com os olhos fixos nos dela ele faz a maior pergunta encontrada nas Escrituras, uma pergunta dirigida tanto a você e a mim como a Marta. "Crês isto?" Aí está ela. A última linha. A dimensão que separa Jesus de milhares de gurus e profetas que surgiram. A pergunta que leva todo ouvinte responsável à obediência absoluta ou à total rejeição da fé cristã. "Crês isto?"

Deixe que a pergunta entre em seu coração por um momento. Você acredita que um itinerante jovem e sem dinheiro seja maior do que a sua morte? Você acredita sinceramente que a morte nada mais é do que uma rampa de acesso para uma nova estrada?

"Crês isto?"

Jesus não fez essa pergunta como um tópico para discussão nas escolas dominicais. Ela jamais foi proferida para ser tratada enquanto se aproveita o sol que entra pelo vitral ou enquanto ficamos sentados nos bancos confortáveis.

Não. Esta é uma pergunta do desfiladeiro. Uma indagação que só faz sentido durante uma vigília noturna ou no silêncio de salas de espera enfumaçadas. Uma pergunta que faz sentido quando todos os nossos apoios, muletas e fantasias foram removidos. Pois então temos de enfrentar a nós mesmos como realmente somos: seres humanos desnorteados correndo em direção ao desastre. E somos forçados a vê-lo segundo aquilo que afirma ser: nossa única esperança.

Tanto por desespero como por inspiração, Marta disse sim. Ao estudar o rosto bronzeado daquele carpinteiro Galileu, algo lhe disse que provavelmente jamais chegaria mais perto da verdade do que estava então. Ela deu-lhe assim a mão e permitiu que a levasse para longe do desfiladeiro.

"Eu sou a ressurreição e a vida. Crês isto?"
Fonte: http://www.hermeneutica.com/mensagens/desfiladeiro.html

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