Por Denis Cruz
Zalika, menina de pele negra, estava sentada no terreiro de casa, olhando para o homem de terno encardido que conversava com sua mãe. O homem ela conhecia. Era um missionário que sempre estava pelas vilas ali perto, acompanhado de um tradutor chamado Taú. Ele falava de um tal Jesus, de sua morte numa cruz e de um lugar chamado céu, onde haveria tudo de bom, para sempre.
- [Zalika já tem idade para ser vendida] - dizia a mãe da menina em um dialeto africano, enquanto Taú traduzia o missionário.
A conversa já durava um bom tempo, e a cada frase o pequeno coração da menina se apavorava ainda mais. Sua mãe falava em vendê-la para comprar alimento para a família. Taú traduzia as palavras do pastor, mas nenhuma parecia convencer a mãe. Zalika estava com medo. Não sabia o que acontecia com as meninas ou meninos vendidos; só sabia que eles nunca mais eram vistos.
- [Então o missionário comprará sua filha] - disse Taú e a mulher silenciou. - [Não a venda para os traficantes que rodeiam a vila. O missionário a levará agora, se a senhora permitir.]
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- [Zalika já tem idade para ser vendida] - dizia a mãe da menina em um dialeto africano, enquanto Taú traduzia o missionário.
A conversa já durava um bom tempo, e a cada frase o pequeno coração da menina se apavorava ainda mais. Sua mãe falava em vendê-la para comprar alimento para a família. Taú traduzia as palavras do pastor, mas nenhuma parecia convencer a mãe. Zalika estava com medo. Não sabia o que acontecia com as meninas ou meninos vendidos; só sabia que eles nunca mais eram vistos.
- [Então o missionário comprará sua filha] - disse Taú e a mulher silenciou. - [Não a venda para os traficantes que rodeiam a vila. O missionário a levará agora, se a senhora permitir.]
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